Agenda para Adiar o Fim do Mundo (26/1 a 2/2)

DesMonumento, de Evandro Prado

seLecT, revista especializada em artes visuais, 26 de janeiro de 2022

Da Redação

O artista de Campo Grande radicado em São Paulo que apresentou há poucos anos, no Centro Cultural São Paulo, um verdadeiro monumento aos descalabros midiáticos cometidos na era Dilma Rousseff, na exposição Dossiê 97: Para Jamais Esquecer (2019), composta de 97 pinturas a óleo em dimensões próximas à de uma capa de revista semanal retratando uma cronologia de distorções na representação pela grande imprensa da ex-presidente do Brasil, retorna ao CCSP em inauguração neste sábado, 29/1. O assunto da série de obras expostas por Evandro Prado três anos depois de Dossiê 97 são os monumentos e o imaginário descolonial que vem colocando-os abaixo. “As aquarelas são fruto de um recorte da América do Sul, e foram escolhidas por representarem figuras de poder, de opressão e/ou colonização. São, na maioria das vezes homens brancos, militares, políticos ou monarcas. Nossos ‘heróis’: Pedro Álvares Cabral, D. Pedro I, D. Pedro II, Marechal Deodoro, Caxias, Colombo, Baquedano, Belalcázar, Castilla, Solano López… Homens que estão nas páginas dos livros por invadir, saquear, matar, torturar, exterminar, escravizar povos originários ou negros vindos da África nos últimos cinco séculos, mas, por fim, ganharam um pedestal”, afirma o artista. Abertura e lançamento do livro homônimo no sábado, a partir das 15h.